terça-feira, 25 de outubro de 2011

Reforma ortográfica

1. Não se usa mais o hífen nos seguintes casos:

- Prefixo terminando com vogal e o segundo elemento começando com as consoantes s ou r. Nessa situação, a consoante tem que ser duplicada.
Prefixo terminando em vogal e o segundo elemento começando com uma vogal diferente.
- Prefixo terminado por consoante e o segundo elemento começando por vogal.
- Nas palavras que perderam a noção de composição.
 TREMA
Com a Reforma Ortográfica, o trema – sinal de dois pontos usado em cima do u para indicar que essa letra, nos grupos que, qui, gue e gui, é pronunciada – é abolido e deixa de fazer parte da língua portuguesa. O sinal só é mantido em nomes próprios de origem estrangeira e nos seus derivados.
Exceção
Nomes próprios de origem estrangeira e nos seus derivados.
Exemplos: Bündchen, Müller, mülleriano.
Acento Agudo

Não se usa mais os acentos:

1.Ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (com acento tônico na penúltima sílaba).

Obs: As palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis continuam sendo acentuadas.
Exemplos: papéis, herói, heróis, troféu, troféus.

2. No “i” e no “u” tônicos das palavras paroxítonas quando vierem depois de um ditongo.

Obs: Já nas palavras oxítonas, quando o “i” ou o “u” estiverem em posição final ou seguidos de “s”, o acento agudo permanece.
Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.

3. No “u” tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir.

4.  Nas formas verbais terminadas em guar, quar e quir, quando forem pronunciadas com “u” tônico.

Acento Diferencial

Utilizado para permitir a identificar as palavras que têm a mesma pronúncia (homófonas), o acento diferencial também é abolido com a reforma ortográfica.
Deixam de acentuadas palavras como:
- pára (do verbo parar)/para (preposição);
- pêra (substantivo)/pera (preposição)
- péla (verbo pelar)/ pela (junção de preposição e artigo)
- pêlo (substantivo/pelo (do verbo pelar)
- pólo (substantivo)/polo (junção de por e lo)
Duas palavras fogem à nova regra:
pôr (verbo) e pôde (o verbo conjugado no passado) continuam com o acento diferencial.
No caso do pôr é para evitar a confusão com a preposição por. Já o pôde continua com acentuação para não ser confundido com pode (o mesmo verbo conjugado no presente).
Nas palavras fôrma/forma o uso do acento é facultativo.
 
Acento Circunflexo
O acordo também retirou o acento circunflexo das palavras terminadas em ôo(s) e nas conjunções da terceira pessoa do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo (êem)
dos verbos crer, dar, ler, ver e seus derivados.

Obs.:A acentuação dos verbos ter e vir e seus derivados não muda. No plural, é mantido o circunflexo (ex: elas têm, eles vêm). Já as palavras com mais de uma sílaba continuam recebendo o acento agudo (Ex: ele detém, ele intervém).


terça-feira, 11 de outubro de 2011

Gênero:Artigo de opinião

É um texto opinativo, de cunho argumentativo. Trata-se de um gênero em que a opinião de um autor sobre um assunto de relevância é defendida, através de recursos argumentativos: comparações, exemplificações, depoimentos, dados estatísticos, etc.

Estrutura:

1. Contextualização e/ou apresentação da questão em discussão.
2. Explicitação da questão em discussão.
3. Utilização de argumentos que sustentam a posição assumida.
4. Consideração de posição contrária e antecipação de possíveis argumentos contrários à posição assumida.
5. Utilização de argumentos que refutam a posição contrária.
6. Retomada da posição assumida e/ou retomada do argumento mais enfático.
7. Proposta ou possibilidade de negociação.
8. Conclusão (pode ser retomada da tese ou posição defendida).

Movimento argumentativo:

1. Sustentação: só se leva em conta a posição que se pretende defender, através do encadeamento de indícios, provas, argumentos que corroborem o que se pretende afirmar;
2. Refutação: busca-se a rejeição de uma tese defendida ou de argumentos apresentados que sejam contrários à opinião do autor (contra-argumentos).
3. Negociação: incorpora-se parte do ponto de vista do outro, num aparente esforço de entendimento, mas na verdade esse recurso é só uma estratégia de enfraquecimento do que se apresenta como contrário ao que se quer defender.

Orientações para produzir um bom artigo de opinião é aconselhável seguir algumas orientações. Observe:

a) Após a leitura de vários pontos de vista, anote num papel os argumentos que achou melhor, eles podem ser úteis para fundamentar o ponto de vista que você irá desenvolver.

b) Ao compor seu texto, leve em consideração o interlocutor: quem irá ler sua produção. A linguagem deve ser adequada ao gênero e ao perfil do público leitor. Deve-se ter preocupação fundamental com o tema oferecido, levando-se em conta que o parágrafo introdutório é o norteador de toda a estrutura dissertativa, aquele que carrega uma idéia nuclear a ser utilizada de maneira pertinente em todo o desenvolvimento do texto. Existem diversas maneiras de se elaborar a introdução de um artigo de opinião.

c) Escolha os argumentos, entre os anotados, que podem fundamentar a idéia principal do texto de modo mais consciente e desenvolva-os.

De autoridade: a conclusão se sustenta pela citação de uma fonte confiável, que pode ser um especialista no assunto ou dados de instituições de pesquisa;

De princípio: a justificativa é legítima, faz apelo a princípios, o que torna a conclusão quase que incontestável;

Por causa: a justificativa e a conclusão têm uma reversibilidade plausível;

Por exemplificação: a justificativa remete a exemplos comparáveis ao que se pretende defender.

Apresentando dados estatísticos sobre o assunto enfocado pelo tema: "Hoje, nas grandes cidades brasileiras, não existe sequer um indivíduo que não tenha sido vítima de violência: 48% das pessoas já foram molestadas, 31% tiveram algum bem pessoal furtado, 15% já se defrontaram com um assaltante dentro de casa, 2% presenciaram assalto a ônibus...“.

Interrogação ou uma seqüência de interrogações – é uma forma criativa de envolver e despertar a atenção do leitor. ATENÇÃO! Deve-se tomar cuidado com o número de interrogações: todas deverão ser respondidas por você nos parágrafos argumentativos, pois, afinal, é você quem estará opinando e não deve esperar que o seu leitor responda por você, muito menos sua banca corretora. “É verdade que, depois da porta arrombada, uma tranca é sempre nela colocada? Foi pensando assim que o governo nomeou a procuradora aposentada Anadyr de Mendonça Rodrigues para comandar a Corregedoria Geral da União, que tem status de ministério, porque visa à apuração de todas as irregularidades cometidas no país."

Alusão histórica – organiza-se uma trajetória que vá do passado ao presente, do presente para o passado, ao comparar social, histórica, geograficamente fatos, ações humanas, ideologias, etc. "Na Idade Média, no Renascimento ou até mesmo durante o Século das Luzes, a mulher esteve sempre à disposição da família, dos trabalhos domésticos e da criação dos filhos; somente no século XX ela ganha, ainda que não suficientemente, coragem para inserir-se no “mundo dos homens": pilota, dirige grandes empresas, constrói edifícios."

d) Pense num enunciado capaz de expressar a idéia principal que pretende defender.

e) Pense na melhor forma possível de concluir seu texto: retome o que foi exposto, ou confirme a idéia principal, ou faça uma citação de algum escritor ou alguém importante na área relativa ao tema debatido.

f) Crie um título que desperte o interesse e a curiosidade do leitor.

g) Formate seu texto em colunas e coloque entre elas uma chamada (um importante e pequeno trecho do seu texto)

h) Após o término, releia seu texto observando se nele você se posiciona claramente sobre o tema; se a idéia é fundamentada em argumentos fortes e se estão bem desenvolvidos; se a linguagem está adequada ao gênero; se o texto apresenta título e se é convidativo e por fim observe se o texto como um todo é persuasivo. Reescreva-o se necessário.

DECLARAÇÃO INICIAL – abre-se o parágrafo com uma afirmação. É a forma mais comum de se desenvolver a introdução. “Política e televisão são duas instâncias da sociedade brasileira que parecem reunir o maior número de pessoas despreparadas e desqualificadas. É como se escolhessem a dedo as piores pessoas (com raras exceções) para legislar ou executar, animar shows de auditório ou de entrevistas, etc.”.